quinta-feira, 14 de junho de 2012

O cinema que vem das aldeias

As Hipermulheres, o premiado longa-metragem de Carlos Fausto, Leonardo Sette e Takumã Kuikuro, abre hoje (terça) às 19 horas, no Teatro SESC Ginástico, no Centro do Rio, uma mostra em homenagem aos 25 anos do projeto Vídeo nas Aldeias.

Na verdade, a efeméride foi comemorada no ano passado. Um livro-vídeo foi editado (e será lançado hoje) para comemorar a data e fornecer um panorama do trabalho da ONG criada por Vincent Carelli. Nesse período, a Vídeo nas Aldeias levou consciência audiovisual a 127 aldeias e 37 povos indígenas brasileiros. Teve filmes premiados no Brasil e no exterior. De alguma forma, ajudou a mudar a maneira de se ver o “filme de índio” e mesmo o índio na cultura brasileira.

A ideia de uma antropologia compartilhada tem sido posta em prática em toda a sua amplitude, estimulando o autoconhecimento, fomentando o intercâmbio entre tribos e formando cineastas indígenas. “Você vê o mundo do outro e olha para o seu”, resume num dos textos do livro o cineasta Isaac Pinhanta, da etnia Ashaninka.

A mostra vai exibir alguns clássicos do projeto, como o divertidíssimo Cheiro de Pequi, e o longa Corumbiara, que sintetiza diversos anos do trabalho de Carelli. A programação se estende a Espaços SESC de Copacabana, Engenho de Dentro, Madureira e Duque de Caxias, com todas as sessões gratuitas.

Haverá também “Sessões Curumins” preparadas especialmente para o público infantil. Kamatxi Ikpeng, um dos personagens do filme-carta Das Crianças Ikpeng para o Mundo, que agora é realizador, vai estar no Rio filmando uma resposta dirigida aos índios. Vai trabalhar principalmente com as crianças da Pimpolhos, escola de samba mirim da Grande Rio.

Confira a programação aqui.

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