segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

I Jornada de Agroecologia da Bahia - Registros Fotográficos


Vídeos produzidos a partir dos registros fotográficos de Cláudio Lyrio (CineClube Mocamba) durante a I Jornada de Agroecologia da Bahia realizada no Assentamento Terra Vista município de Arataca entre os dias 26/11 a 01/12 de 2012.

Nasce em Itabuna mais um cineclube o Cineclube Grapiúna Mario Gusmão


Foi inaugurado na noite de sábado 8 de dezembro o Cineclube Grapiúna Mário Gusmão, que funciona no Teatro-Sala Zélia Lessa em Itabuna.

O cineclubismo é um movimento cultural que surgiu na frança nos anos 20 e no Brasil chegou no ano de 1929 com o Cineclube Chapilin Club no Rio de Janeiro.

Os Cineclubes foram responsáveis pela formação cinematográfica de grandes cineastas, entre os que mais se destacaram podemos citar, Cacá Diegues, Jean-Luc Godard, Wim Wenders e Glauber Rocha. Não por acaso que o filme escolhido para o lançamento do Cineclube Grapiúna Mário Gusmão foi “O dragão da maldade contra o santo guerreiro”, onde o homenageado (Mário Gusmão) fez uma participação especial como “Nêgo Antão” e com muita maestria, permeou todo o filme que com uma direção esplendorosa, recebeu o prêmio da categoria no Festival de Canes em 1968.

Já em Itabuna, atendendo a um pedido especial da atriz e produtora cultural Eva Lima, uma das alunas remanescentes dos artistas que passaram pela tutela do mestre Mário Gusmão na década de 80, a ACATE com o patrocínio da FTC-Itabuna, inauguraram o Cineclube Grapiúna Mário Gusmão, uma homenagem justa a um dos maiores ícones do teatro e da dança na Bahia que viveu em Itabuna e escreveu uma página importante no movimento cultural grapiúna.

Como sempre acontece nos cineclubes, referências e discussões sobre a temática do filme, é o ponto alto das seções. A diretora do Teatro-Sala Zélia Lessa Eva Lima, (local cedido para a implantação do cineclube), fez questão de adereçar o espaço com um toque “Gusmaniano” espalhando incensos, tochas acessas, telas e colagens, tudo do jeito que Mário sempre gostou. Vestida com uma bata que foi presente do seu mestre, Eva fez a abertura com uma grande carga de emoção, dedicando a Mário todo o reconhecimento e agradecimento pelo legado que ele deixou. Já o cinéfilo Adylson Machado (dono inclusive da cópia original do filme exibido) falou sobre a história do filme e de peculiaridades confidenciadas pelo seu amigo Zelito Viana produtor executivo do filme, na cidade de Itororó há anos atrás. Adylson tem um acervo de mais de 1.400 filmes que já estão disponibilizados para a temporada de 2013 do Cineclube.

O médico e político Renato Costa um admirador de Glauber Rocha, esteve presente na inauguração e parabenizou a ACATE pela ideia de homenagear Mário Gusmão e pelo filme escolhido. “Espero que essa chama não se apague e que o novo governo continue a apoiar esse trabalho extraordinário” relata Renato Costa em depoimento a nossa reportagem.

Matéria e fotos: Ari Rodrigues
Fonte: http://acateitabuna.blogspot.com.br/

O Movimento cineclubista da Bahia apoia essa iniciativa.

sábado, 24 de novembro de 2012

União! Assentamento Terra Vista - Arataca - BA - Brasil

Nas brincadeiras que aliviam o trabalho ou na seriedade de uma partida de dominó.
A união entre as pessoas produz comida, conhecimento, diversão, justiça e um mundo ecologicamente equilibrado.

Vinheta produzida durante a preparação da equipe colaborativa de comunicação da I Jornada Agroecológica da Bahia.

Primeira edição em cinelerra de Boby (Carlos Alberto)!!

Vídeo produzido durante a preparação da equipe colaborativa de comunicação da I Jornada Agroecológica da Bahia

Assentamento Terra Vista - Nova Visão

Ocupar, Resistir e Produzir. O lema do Movimento dos Sem Terra traduz uma realidade profunda na criação e no dia a dia do Assentamento Terra Vista, em Arataca-BA.
Produzir alimentos sem usar agrotóxicos nem desmatar a natureza, e produzir conhecimentos para ajudar nas mudanças que nossa sociedade precisa: gerar igualdade social distribuindo e dando uso justo aos bens comuns (terra, água, ar), justiça histórica para recompensar os séculos de massacre, escravidão e exclusão em nome do dinheiro, e dar criar condições de vivermos harmoniosamente em nosso planeta.

Apoio:



quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Grupo Afro Encantarte apresentará espetáculo de Dança Afro Contemporânea durante Semana da Consciência Negra em Itabuna/BA




OLHO PARA O RIO E ME VEJO

É um ESPETÁCULO DE DANÇA AFRO CONTEMPORÂNEA que traz uma reflexão sobre OS DIVERSOS OLHARES PARA O RIO e nossas relações humanas com a natureza: trabalho - diversão – sobrevivência.
Assim destaca os olhares:
o olhar da criança
o olhar do adolescente
o olhar do pescador
o olhar da lavadeira
o olhar de quem passa

A responsabilidade com a questão ambiental é o fator motivador do espetáculo que traz performances de POESIA, MÚSICA E DANÇA AFRO CONTEMPORÂNEA

ELENCO: BAILARINAS E BAILARINOS DO GRUPO AFRO ENCANTARTE
DIREÇÃO COREOGRÁFICA E TEXTOS DE Egnaldo França 

PARTICIPAÇÃO ESPECIAL DE NATÁLIA ROUX

INGRESSOS: 3,00 (TRÊS REAIS)
CORTESIA PARA O PROFESSORES DE ESCOLAS QUE LEVAREM SUAS TURMASSESSÃO ESPECIAL PARA ESCOLAS ÀS 15h 

Egnaldo França 
PRODUTOR E DIRETOR COREOGRÁFICO 
FONE: 8807 0038

Apoio:






domingo, 4 de novembro de 2012

Mensagem de agradecimento Guarani e Kaiowá: “Javy’a Porã”!


Projeto "Mostra do Audiovisual Cultural em Assentamentos Rurais da Bahia - Cine Mocamba – Agroecologia in foco", apoiado pela FUNCEB através do Calendário das Artes 2012, apresenta os audiovisuais produzidos nos três assentamentos por onde a mostra passou e faz avaliação do projeto

Assista os audiovisuais produzidos nos três assentamentos por onde passamos
Assentamento Terra Vista/BA

Assentamento Lulão/BA

Assentamento Paulo Jackson/BA
A Mostra foi realizada com êxito nos 03 assentamentos planejados: Territórios de Identidade Litoral Sul (Projeto de Assentamento Terra Vista – Arataca / BA), Baixo Sul (Projeto de Assentamento Paulo Jackson – Ibirapitanga - Camamu / BA) e Costa do Descobrimento (Projeto de Assentamento Lulão – Santa Cruz Cabrália / BA), ambos pertencentes ao Macroterritório 1 da Bahia. 

A primeira edição da Mostra ocorreu nos dias 10 e 11 de agosto no salão do Centro Integrado de Formação Florestan Fernandes, Projeto de Assentamento Terra Vista, na cidade de Arataca / BA, a segunda edição ocorreu nos dias 01 e 02 de setembro na escola do Projeto de Assentamento Lulão, na cidade de Santa Cruz Cabrália / BA e a terceira edição nos dias 29 e 30 de setembro na Cabana de Reuniões do Projeto de Assentamento Paulo Jackson, cidades de Ibirapitanga e Camamu / BA. 

Foram apresentados um total de 39 (trinta e nove) produções audiovisuais, divididos em dois dias de exibições em cada edição da Mostra, com duas sessões diárias, sendo a primeira voltada ao público infantil e a segunda para todos os públicos. Procurou-se elaborar uma programação de exibições que contemplasse todas as faixas etárias, priorizando as produções nacionais e dentre elas algumas produções baianas. Para a elaboração destas programações foram utilizados materiais do Box comemorativo dos 10 anos da Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis, do Box Terra e outras produções audiovisuais disponibilizadas pelo Cineclube Mocamba. Na ocasião da Mostra também foi feito o lançamento do Box Terra, uma coletânea de produções audiovisuais sobre a temática socioambiental organizada pela UCCBA / CNC e distribuída pela distribuidora cineclubista Mar Digital, parceiras do projeto. 
Em todas as edições da Mostra foram realizadas rodas de conversa, que procuraram fortalecer os espaços coletivos dos assentamentos, proporcionando um amplo debate sobre a temática cultural e agroecológica e a troca de impressões entre os participantes, o incentivo à cultura do audiovisual e ao cineclubismo e consequentemente a formação de plateia. Nestes espaços de socialização os participantes puderam expressar o que sentiram assistindo os audiovisuais, havendo muitos momentos emocionantes. Em todos estes os assentados puderam “se ver na tela”, uma vez que os audiovisuais foram escolhidos visando mostrar assuntos da realidade local. O filme “A Rede”, que foi exibido em todas as edições da Mostra, colaborou ao apresentar imagens do dia a dia dos assentamentos visitados. 
Assentamento Paulo Jackson/BA

Assentamento Lulão/BA

Assentamento Terra Vista/BA

Imagens do audiovisual "A Rede"

Foi atingido um público de 393 pessoas, entre todas as faixas etárias. O ganho do projeto foi principalmente qualitativo, uma vez que muitas pessoas que prestigiaram a Mostra poderão ser multiplicadoras e fomentadoras de novos espaços de socialização e debates, e quem sabe até da criação de cineclubes em seus assentamentos. O projeto teve uma ótima repercussão e aceitação junto ao público dos assentamentos do MST, sendo convidado a realizar apresentações em outros assentamentos e também na festa dos 25 anos do MST na Bahia, realizado nos dias 06, 07 e 08/set em Itamaraju / BA. 

Assentamento Paulo Jackson/BA

Assentamento Lulão/BA

Assentamento Terra Vista/BA

Para a realização do projeto foram estabelecidas diversas parcerias com o intuito de garantir apoio na ampla divulgação das ações do projeto (local e regional) e na articulação da logística necessária. A parceria da OCA (Centro de Agroecologia e Educação da Mata Atlântica) foi de fundamental importância devido à experiência agroecológica acumulada e também cineclubista, adquirida com as ações do Cineclube MOCAMBA na região de abrangência do projeto. A filiação da OCA/ Cineclube MOCAMBA junto à UCCBA (União de Cineclubes da Bahia) e ao CNC (Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros) possibilitou ao projeto maior credibilidade e inserção eficiente no cenário local e regional, além da parceria da distribuidora cineclubista Mar Digital, que incluiu o documentário “A Rede” em seu primeiro Box e proporcionou o lançamento deste Box, intitulado “Box Terra”, na programação da Mostra. 
Lançamento do Box Terra em Salvador/BA

A parceria com a AECA/BA (Associação Estadual de Cooperação Agrícola / Bahia), a Cooperativa Central dos Assentamentos da Bahia Ltda e o MST/BA (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra / Bahia), garantiu o apoio, articulação e divulgação das ações do projeto nos assentamentos e comunidades. O Ponto de Cultura ACAI (Associação do Culto Afro Itabunense) e o Projeto Encantarte, ambos de Itabuna, garantiram apoio logístico e na divulgação da Mostra na região. O Instituto Cabruca, organização parceira que atua em alguns dos assentamentos que receberam a Mostra, garantiu apoio logístico no transporte de equipamentos, divulgação da Mostra e empréstimo de equipamento. A parceria com a empresa de sonorização Radiola garantiu a equipe técnica para a instalação e o manuseio dos equipamentos contratados e a Digital News Sinalização garantiu apoio na produção do material de divulgação, com a confecção de 01 banner.

Gostaríamos de agradecer a todos os parceiros que colaboraram para realização desse projeto.

Vem aí!!!

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Suspenso o despejo da comunidade Guarani Kaiowá de Pyelito Kue

Durante a reunião do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH), presidida pela ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário Nunes, e que contou com a participação de representantes de diversas áreas do Poder Executivo, da presidente da Fundação Nacional do Indio (FUNAI), Marta Azevedo, e também do Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, foi anunciada a suspensão do despejo das famílias Guarani Kaiowá da comunidade de Pyelito Kue, em Mato Grosso do Sul.

A Justiça acatou o recurso apresentado pela FUNAI contra a liminar que determinava o despejo dos indígenas. Apesar da decisão favorável, o juiz determinou que os Guarani Kaiowá devem permanecer em uma área de um hectare, o equivalmente a 10000 m2, até que a FUNAI finalize todo o processo de demarcação da Terra Indígena.

Antes de anunciar a decisão, o Ministro da Justiça também afirmou que o governo irá reforçar a segurança na região e que, no prazo de um mês, devem ser concluídos todos os estudos necessários à demarcação de Pyelito Kue.

Para o integrante da Aty Guasu (Grande Assembléia Guarani Kaiowá) e membro da direção nacional da APIB, Otoniel Ricardo, esta notícia traz um certo alívio para o Povo Guarani Kaiowá, mas é necessário continuar com a luta pois ainda existem muitas ameças em diversa outras regiões do Mato Grosso Sul e do Brasil. " Enquanto todas as terras indígenas não forem demarcadas, não haverá paz para nós". 

Há ainda a preocupação da própria comunidade de Pyelito Kue diante de possíveis represálias dos pistoleiros após a suspensão do despejo. Vamos aguardar para ver se, desta vez, o governo cumpre a promessa de reforçar a segurança dos indígenas de MS.

por Gustavo Macedo
Fonte: 

CachoeiraDoc divulga selecionados da edição 2012

Em 2012, o CachoeiraDoc recebeu a inscrição de 249 filmes para participar da Mostra Competitiva: 167 curtas, 35 médias e 44 longas-metragem, de todas as regiões do país. Entre os 18 selecionados, sete são longas e 11 são curtas. Há filmes de quatro regiões do país: quatro são baianos, quatro pernambucanos, seis paulistas, dois são do Rio de Janeiro, um do Distrito Federal e um do Rio Grande do Sul.

O CachoeiraDoc acontecerá entre 04 e 09 de dezembro de 2012, no Centro de Artes, Humanidades e Letras (CAHL) da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) e em ruas da cidade de Cachoeira, no interior da Bahia. O Festival é realizado pelo Grupo de Estudos e Práticas em Documentário, Universidade Federal do Recôncavo e Ritos Produções, e tem apoio financeiro do Fundo de Cultura da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia.

Longas-metragem
- A cidade é uma só? (Adirley Queiros, Distrito Federal, 2012, 80″)
- Cuíca de Santo Amaro (Joel de Almeida e Josias Pires, Bahia, 2012, 74″)
- Domésticas (Gabriel Mascaro, Pernambuco, 2012, 76″)
- Ela Sonhou que eu Morri (Matias Mariani e Maíra Bühler, São Paulo, 2011, 75″)
- HU (Joana Traub Csekö e Pedro Urano, Rio de Janeiro, 2011, 75″)
- Tava (Ariel Ortega, Ernesto de Carvalho, Patricia Ferreira, Vincent Carelli, Pernambuco, 2012, 78″)
- Tokiori (Paulo Pastorelo, São Paulo, 2011, 106″)

Curtas-metragem
- A Anti-performance (Daniel Lisboa, Bahia, 2012, 11″)
- A Onda Traz, o Vento Leva (Gabriel Mascaro, Pernambuco, 2012, 28″)
- Boi fantasma (Rogério Nunes, São Paulo, 2012, 15″)
- Câmera escura (Marcelo Pedroso, Pernambuco, 2012, 23″)
- Cine camelô (Clarissa Knoll, São Paulo, 2011, 15″)
- Confete (Jo Serfaty e Mariana Kaufman, Rio de Janeiro, 2012, 15″)
- Dançando mas tô andando (Marcondes Dourado, Bahia, 2012, 15″)
- Desacerto (Eduardo Consonni e Rodrigo T. Marques, São Paulo, 2011, 17″)
- Desterro (Cláudio Marques e Marília Hughes, Bahia, 2012, 14″)
- Piove, il film di Pio (Thiago Mendonça, São Paulo, 2012,15″)
- Um Diálogo de Ballet (Filipe Matzembacher e Márcio Reolon, Rio Grande do Sul, 2012, 7″)

CineClube Mocamba participa do Encontro Laroiê de Comunicação Comunitária nos dias 10 e 11 de novembro em Itacaré/BA

Confira a programação:

Data: 10 de novembro - sábado
16h - Roda Exú
Colaborador - José Balbino
Comunicação e construção dos estereótipos da sociedade e da mídia
Analise da mídia comunitária e da mídia convencional: enxergando confluências (im) possíveis
Linguagens e movimento de comunicação livre e o direito humano à comunicação

19h - Roda Tambor
Cultura Digital e a garantia dos direitos das comunidades tradicionais - a Experiencia dos Índios Online - Jaborandy e Potira Tupinambá
Tambor e Oralidade - Pedagogingas comunicativas - Mestre Jorge Rasta
Audiovisual e o direito à informação - Cinema e Agroecologia com o a experiência do CineClube  Mocamba - Cláudio Lyrio (OCA / CineClube Mocamba / UCC-BA)

20 h - Cine Laroiê

Data: 11 de novembro - Domingo 
9 às 12h - Montagem de uma rádio livre com transmissão ao vivo
Colaborador - Sérgio Melo
Debates: O papel das rádios livres como meios de comunicação popular e instrumentos de transformação social/ Legislação, direito à comunicação, liberdade de expressão 
Relato de experiências com rádios livres em comunidades indígenas e no Ponto de Cultura Coco de Umbigada, de Olinda - Pe, integrante da Rede Mocambos.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012


Trailer do filme Febre do Rato do Diretor Cláudio Assis

Febre do Rato é uma expressão popular típica da cidade do Recife que designa alguém quando está fora de controle, alguém que está danado. E é assim que Zizo, um poeta inconformado e de atitude anarquista, chama um pequeno tablóide que ele publica as próprias custas. Vivendo em um mundo particular, Zizo se depara com Eneida, uma jovem de aproximadamente 18 anos, que instiga e promove a transformação do poeta. 

Mais informações:
- Grande vencedor do Festival de Paulínia 2011:
Estatuetas de Melhor filme, ator (Irandhir Santos), atriz (Nanda Costa), fotografia (Walter Carvalho), montagem (Karen Harley), direção de arte (Renata Pinheiro), trilha (Jorge du Peixe) e prêmio da crítica.

O que dizem sobre:
"pulsante, envolvente e contagiante em seu derramamento poético"
Luiz Zanin (blog do estadão)

Título original: Febre do rato 
Direção: Cláudio Assis
Roteiro: Hilton Lacerda
Produção: Julia Moraes e Claudio Assis
Fotografia: Walter Carvalho
Edição: Karen Harley
Gênero: Drama 
País: Brasil 
Ano: 2012
COR
Tempo: 90 minutos
Classificação: Verificar 

Elenco:
(Zizo)Irandhir Santos, (Eneida) Nanda Costa, (Pazinho) Matheus Nachtergaele, (Anja) Conceição Camarotti, (Boca Mole) Juliano Cazarré, (Vanessa) Tânia Granussi, (Rosângela) Mariana Nunes, (Oncinha) Victor Araújo, (D. Marieta) Ângela Leal, (Stellamaris) Maria Gladys, (Bira)Hugo Gila

www.facebook.com/febredoratofilme
www.twitter.com/febre_do_rato

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

MANIFESTO PELA VIDA DOS GUARANI-KAIOWÁ DE PYELITO KUE/MBARAKAY, IGUATEMI/MS CONTEXTO

Como é possível construir uma nação com uma imagem de calor humano e acolhimento enquanto seus filhos sofrem violência? 

Em Mato Grosso do Sul, o povo Guarani sofre seríssimos danos em relação à perda e manutenção de seus espaços tradicionais, com claras demonstrações de desestruturação social com perda de normas que dão significado à sua permanência na terra. 

Os dados de violência mostram que, desde 2007, houve um descomunal aumento de casos de assassinatos de indígenas em Mato Grosso do Sul – um estado que sozinho responde por mais da metade (55,5%) dos assassinatos de indígenas em todo o país. Essas mortes não estão associadas estritamente à luta pela terra, já que grande parte delas também ocorre em terras indígenas, como no caso do município de Dourados: 145MORTES!, QUASE 500% A MAIS QUE NO RESTANTE do Brasil. 

O caso se torna mais desolador quando acompanhamos a quantidade de suicídios, principalmente entre os jovens e que, segundo especialistas, estão ligados ao ambiente de violência em que se encontram os Guarani-Kaiowá. Veja que apenas em 2010 houve 14 suicídios, enquanto no restante do Brasil foram 5 ocorrências deste tipo, ressalvando que os números são baseados nos casos informados. (Sabe-se que muitas famílias preferem enterrar seus mortos e ficar em silêncio). 

Há ainda os números de homicídios culposos (atropelamentos) e, melancolicamente, os aviltantes índices de desnutrição que acometem as crianças e que, entendemos, são também processos de violência. O quadro é alarmante: 4 mil crianças sofrendo por desnutrição entre 2003/2010 entre os Guarani-Kaiowá. 

Não obstante ações da Funai, processos de identificação de terras em andamento e territórios já homologados, é assim que assistimos à enorme desassistência do poder público em todos os níveis (municipal, estadual e federal) em relação aos povos indígenas, mais especificamente aos Guarani-Kaiowá em MS, inclusive em relação à saúde, educação e segurança alimentar. 

Como é possível construir uma imagem de nação prodigiosa na “produção de alimentos” enquanto seus filhos passam fome? 

Embora os guarani sejam conhecidos como uma grande nação, sua organização social se desenvolve em pequenas unidades sociais que têm uma relação de pertencimento com uma unidade territorial: tekoha. Cada tekoha possui seu pajé (ou pajés) e lideranças civis, portanto, a convivência em espaços maiores junto a outros grupos também é fator que gera violência. Além disso, muitas terras indígenas em MS são atravessadas por estradas, o que gera condições favoráveis aos aspectos da violência citados anteriormente. 

Mais do que isso, sabemos que a manutenção dos espaços e, neles, da construção da vida social que se estrutura a partir de normas, não é possível senão a partir das relações com o sagrado, que também remetem a uma unidade territorial autônoma e vinculada a um grupo específico. A exemplo disso, veja-se que a decisão de um grupo de retornar à terra não está baseada numa iniciativa ordinária, mas passa pelo crivo do pajé que consulta os espíritos: norma baseada no sagrado. Parece-nos muito tristemente claro, também, que o quadro de dissolução de diversos grupos e indivíduos é representativo da desintegração de suas bases sociais. E o retorno à terra, com sua retomada e garantia de permanência com qualidade e dignidade, recuperando o bem-viver, é a única forma de resolver o problema. 

O FATO E O ATO 

É nesse lamentável contexto, mas também da decisão de retorno de uma unidade social, que recebemos com espanto (porque ainda é preciso se espantar!) a carta do grupo Guarani-Kaiowá de Puelito Kue/Mbarakay, território ainda não regularizado junto a União, localizado no município de Iguatemi/MS. O documento foi redigido em reação à ordem de despejo expressa pela Justiça Federal de Navirai-MS, conforme o processo nº 0000032-87.2012.4.03.6006, em 29/09/2012. 

Nesta carta, o grupo descreve sua triste situação alimentar (1 refeição por dia), com a violência praticada contra seus indivíduos, sistematicamente contra suas lideranças, 4 mortes num grupo de 170 pessoas (2 suicídios e 2 por espancamento e tiros). Estão morrendo aos poucos, sem comida e sem assistência, já que estão cercados por pistoleiros dos fazendeiros locais. A única saída do acampamento é pelo Rio Hovy (30 metros de largura, 3 de profundidade), com um improviso de arames e cipós que são rotineiramente cortados pelos pistoleiros. Portanto, chegaram à conclusão de que irão morrer em pouco tempo, dentro ou fora de Pyelito Kue/Mbarakay e solicitam das autoridades apenas o direito de morrerem todos na terra e aí serem enterrados, anunciando que irão cometer suicídio coletivo! 

Tal convicta decisão nos encheu de espanto e consternação, mas também nos leva à firme convicção de que é preciso levantar nossas vozes contra esta situação, porém, para além disso, A FAVOR DO BEM-VIVER para FORTALECER O RE-EXISTIR. Num gesto de franca solidariedade sem a qual nossa existência também perde o significado. 

TINHA QUE SER - Pixelando Ciclo de Debates e Oficinas de Audiovisual


Vídeo coletivo resultante das oficinas de roteiro, fotografia, produção e sonoplastia do I Ciclo de debates e oficinas de audiovisual, realizado de 6 a 9 de setembro, no Centro de Cultura Adonias Filho em Itabuna-BA.


A Caminhada Tupinambá acontece anualmente em memória do Índio Marcelino e as vítimas do Massacre do Rio Corurupe.

Vídeo realizado pelo coletivo Oca Digital na cobertura colaborativa do evento.

Índio Marcelino
Personagem presente na memória do Sul da Bahia, Marcelino José Alves foi uma liderança Tupinambá que organizou o movimento indígena para reivindicar seus direitos no início do século XX. Um dos poucos que sabiam ler e escrever, era visto como ameaça pelos brancos, sendo considerado um “Lampião”, Marcelino liderou a resistência contra a construção da ponte sobre o Rio Cururupe que liga o distrito de Olivença à cidade de Ilhéus, o que acabou facilitando a expulsão dos Tupinambá de suas terras. A luta ficou conhecida como “Revolta do Marcelino”

Massacre do Cururupe
Conhecido nos livros de história como a “Batalha dos Nadadores”, é um episódio histórico conhecido porque no final da batalha, em 1559, o governador geral do Brasil, Mem de Sá, ordenou um massacre às margens do Rio Cururupe, deixando os corpos dos indígenas estirados por uma légua pela praia.

Cineclubistas lançam um box com oito DVDs

Cena do filme A Rede, de de Cláudio Lyrio, um dos filmes que integram o box

A distribuidora cineclubista Mar Digital lançou neste sábado (20), no Museu Eugênio Teixeira Leal (Rua do Açouguinho, 1 – Pelourinho), em primeira iniciativa, o box Terra, com oito DVDs. 

Exibidos pela rede cineclubista da Bahia, os filmes da coleção são realizados por diretores reconhecidos, como Sílvio Tendler, Pola Ribeiro e Rosemberg Cariry, novos como Adler Kibe Paz, além de coletivos, como os documentários A Rede e Fronteiras Abertas. Para 2013, a Mar Digital pretende lançar novo conjunto de filmes com a temática Diversidade.

A programação foi a seguinte:
16:00 – Exibição do curta/animação – Mãe da Lua e o Bacurau, de Mônica Brito;
16:20 – Exibição do curta – A Rede, de Cláudio Lyrio
16:37 – Exibição do média-metragem O Veneno Está na Mesa, de Silvio Tendler
17:20 – Debate com os Diretores (participação especial: Coordenação do Núcleo de
Animação da Eba/Ufba- Prof. Taygoara, e Rep. Sec. de Turismo, João Carlos Oliveira
18:00 – Intervenção Poéticas
18:30 – Exibição do curta Axé de Acarajé, de Pola Ribeiro
18:50 – Exibição do curta A Vida Me Alcançou, de Isidoro Cruz
19:08 – Exibição do curta Quilombo do Rio dos Macacos, de Josias Pires
19:20 – Debate com os Diretores – Participação Especial da Dra. Vilma Reis e da
coordenadora da Fundação Palmares na Bahia, Nairobi Aguiar, e dos vereadores
Moisés Rocha e Gilmar Santiago.


segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Agroecologia in foco

Democratizar o cinema e levá-lo para espaços públicos e populares é o que propõe a Mostra Audiovisual -- Cine Mocamba que esta acontecendo nos territórios Baixo Sul, Litoral Sul e Costa do Descobrimento, mesorregião sul da Bahia, durante os meses de julho, agosto e setembro de 2012.

Voltada para o público dos assentamentos rurais de reforma agrária, de diversas faixas etárias, "Agroecologia in foco" é o tema desta nova edição. Inicialmente serão 03 assentamentos que estarão recebendo a Mostra, cuja programação conterá curtas, médias e longas metragens, documentários e animações. Seus objetivos são fortalecer os espaços coletivos dos assentamentos - contribuindo para a consolidação desses espaços culturais por meio da mostra de audiovisuais que tratem questões referentes à cultura e agroecologia - valorizar e divulgar produções audiovisuais, trabalhar a formação de plateia no meio rural e incentivar a criação de espaços de discussão a respeito das temáticas abordadas nos audiovisuais, além do cineclubismo e a produção de audiovisuais na região. Durante a mostra aproveitou-se para fazer o lançamento do Box Terra da União de Cineclubes da Bahia / UCC-BA.

Assista o audiovisual produzido durante nossa passagem no Assentamento Terra Vista, em Arataca, durante os dias 10 e 11 de agosto / 2012.

Produção e direção:
Cláudio Lyrio
OCA / CineClube Mocamba
Agosto/2012
Contato: ocamataatlantica@gmail.com / cineclubemocamba@gmail.com

FUNCEB circula por Territórios de Identidade baianos para divulgar o Mapa Musical da Bahia

Encontros em 13 cidades objetivam mobilizar artistas para integrar o projeto de mapeamento, reconhecimento e difusão da música produzida no estado.

Representantes da Fundação Cultural do Estado da Bahia (FUNCEB), entidade vinculada à Secretaria de Cultura do Governo do Estado (SecultBA), vão visitar 13 Territórios de Identidade baianos para divulgar o Mapa Musical da Bahia e convocar artistas a integrarem o projeto. Lançada no último dia 10 de setembro e com cadastramento aberto até 23 de novembro, esta nova iniciativa objetiva mapear, reconhecer e difundir a diversidade da música produzida no estado, compondo um panorama dos seus cenários musicais. Na intenção de consolidar um alcance efetivo do mapeamento, a circulação pretende ampliar a mobilização em torno do Mapa Musical da Bahia, que vai servir de base para o planejamento de ações e programas que incentivem o desenvolvimento da música da Bahia, além de possíveis desdobramentos em ações de difusão para uma seleção dos trabalhos inscritos.

Numa parceria com a Superintendência de Desenvolvimento Territorial da Cultura (Sudecult/SecultBA) e seus representantes territoriais, as viagens se iniciam no dia 15/10, na cidade de Itacaré (Território de Identidade do Litoral Sul), seguindo por Valença (Território Baixo Sul), em 16/10; Serrinha (Território Sisal), em 19/10; Jacobina (Piemonte da Diamantina), 20/10; Alagoinhas (Litoral Norte – Agreste Baiano), Itaberaba (Piemonte do Paraguaçu) e Senhor do Bonfim (Piemonte Norte do Itapicuru) no dia 24/10; Irecê (Território de Irecê) e Paulo Afonso (Itaparica BA/PE) em 29/10; Pintadas (Bacia do Jacuípe) em 4/11; Guanambi (Sertão Produtivo), em 8/11; Amargosa (Vale do Jiquiriçá), em 10/11; e Poções (Território de Vitória da Conquista), em 11/11. Em todos os municípios, será feito um encontro público, para apresentar as propostas do Mapa Musical da Bahia e as instruções de participação.

SOBRE O MAPA MUSICAL DA BAHIA – O Mapa Musical da Bahia evidencia-se como uma ação prioritária dentro das políticas públicas de fomento à música no estado. Sua realização vem suprir uma lacuna de informações relacionadas ao setor, que se destaca como um rico celeiro de talentos que precisam ser identificados e estimulados. O projeto se fundamenta em dados obtidos em mecanismos de apoio promovidos pela SecultBA, que comprovam esta produtividade intensa na área e uma grande demanda de incentivo para projetos musicais em todas as regiões baianas, a exemplo do Edital Setorial de Música 2012, que contabilizou 417 projetos apresentados, e o Fazcultura, em que, este ano, 73% dos projetos inscritos foram de Música.

Aliado às possibilidades de motivar realizações que beneficiem todo o setor, o Mapa Musical da Bahia prevê possíveis desdobramentos. Comissões de especialistas vão analisar os trabalhos inscritos por Território de Identidade e propor mostras que representem a produção musical de cada uma das regiões, para lançamento de rádio online, coletâneas musicais, participação em festivais, projetos de circulação de shows e produção de conteúdos de divulgação. O cadastro poderá servir, ainda, como fonte de informações para pesquisadores, críticos, jornalistas e autores convidados para apresentar seus olhares sobre a produção musical baiana.

COMO SE INSCREVER – As inscrições são abertas a pessoas físicas, exclusivamente para autores das obras a serem apresentadas, e seguem até o dia 23 de novembro de 2012. Para participar, o artista deve apresentar ao menos uma música e no máximo três obras de sua autoria e/ou obras de domínio público com arranjo musical autoral, em arquivos de áudio, além de dados pessoais e de sua carreira artística.

As inscrições podem ser feitas através de sistema online, disponível no site www.fundacaocultural.ba.gov.br/mapamusical, ou pelos Correios, com envio do Formulário de Inscrição, documento disponível para download na mesma página, acompanhado de um CD com as músicas, através de serviço Sedex ou Carta Registrada, com Aviso de Recebimento (AR).

Mobilização Mapa Musical da Bahia
15/10 – Itacaré
Centro Cultural Tribo do Porto, 19 horas
16/10 – Valença
Centro de Cultura Olívia Barradas, 19 horas
19/10 – Serrinha
Sede PC, 9 horas
20/10 – Jacobina
Local e horário a confirmar
24/10 – Alagoinhas
Local e horário a confirmar
24/10 – Itaberaba
Local e horário a confirmar
24/10 – Senhor do Bonfim
Local e horário a confirmar
29/10 – Irecê
Local e horário a confirmar
29/10 – Paulo Afonso
Local e horário a confirmar
04/11 – Pintadas
Local e horário a confirmar
08/11 – Guanambi
Local e horário a confirmar
10/11 – Amargosa
Local e horário a confirmar
11/11 – Poções
Local e horário a confirmar

Cadastramento Mapa Musical da Bahia
Quando: Até 23 de novembro de 2012
Inscrições pela Internet:
Cadastro, envio de dados e arquivos de áudio, em MP3, através do endereço www.fundacaocultural.ba.gov.br/mapamusical.
Inscrições pelos Correios:
Enviar Formulário de Inscrição (disponível em www.fundacaocultural.ba.gov.br/mapamusical) acompanhado de CD com os arquivos de áudio, através de serviço Sedex ou Carta Registrada, com Aviso de Recebimento (AR), para:
FUNDAÇÃO CULTURAL DO ESTADO DA BAHIA
Cadastramento Mapa Musical da Bahia
CAIXA POSTAL 2485, CEP 40.020-970, Salvador – Bahia
Quanto: Gratuito
Cadastro online, documentos, regulamento e orientações:
Mais informações:
Coordenação de Música da FUNCEB
71 3324-8524/ 3324-8526, segunda a sexta, 14h às 18h
Realização: FUNCEB/ SecultBA