segunda-feira, 18 de novembro de 2013

CINECLUBE MOCAMBA APOIA A REALIZAÇÃO DA MOSTRA DE CINEMA NEGRO EM ITABUNA DURANTE O MÊS DA CONSCIÊNCIA NEGRA 2013

PRAÇA SANTA MARIA - BAIRRO MARIA PINHEIRO ITABUNA-BA 16 11 2013

 REALIZAÇÃO:
COLETIVO DE ENTIDADES NEGRAS DE ITABUNA
 PONTO DE CULTURA
ASSOCIAÇÃO DO CULTO AFRO ITABUNENSE
PROJETO ENCANTE
POVOS TRADICIONAIS DE MATRIZ AFRICANA

APOIO:
PREFEITURA MUNICIPAL DE ITABUNA
SECRETARIA MUNICIPAL ASSISTÊNCIA SOCIAL-SMAS
FUNDAÇÃO ITABUNENSE PARA CULTURA E CIDADANIA - FICC
CINE MOCAMBA
PROJETO LAIKOS
NUPROART
MOVIMENTO NEGRO UNIFICADO - MNU
POLÍCIA MILITAR

 APRESENTAÇÃO DE DANÇA, PERCUSSÃO E CAPOEIRA PROJETO...

CONEXÃO ASSOCIAÇÃO - II ENCONTRO DA UCCBA - ASSEMBLÉIA EXTRAORDINÁRIA DO CNC

DIAS 13 a 15.12.2013
LOCAL Centro de Formação da EBDA 

Endereço: Av. Dorival Caymmi, 15.649, 
Itapuã, Salvador Dia 13.12.2013 

CONEXÃO ASSOCIAÇÃO 

Programação 

9h00 Abertura - Resultados da Conferência Livre de Controle Social da Gestão Tributária. Apresentação Gleciara Ramos (Sindireceita) 
10h00 Rodas de Mapeamento - Levantamento das dificuldades na gestão, dividido em grupos de naturezas jurídicas afins. 
12h00 Intervalo almoço. 
14h00 Resultados do Mapeamento. 
15h00 Roda de Conversa: Aspectos jurídicos e legislativos para o associativismo: caminhos possíveis. 
Apresentação Dr. Samuel Vida (AGANJU) e Dep. Amauri Teixeira. 
17h00 Encaminhamentos práticos nos campos jurídico, legislativo e administrativo. 


Dia 14 e 15.12.2013
 
II ENCONTRO DA UCCBA 


DIA 14.12 
9h00 Abertura - Avaliação do trabalho da UCCBA: apresentação de projetos escritos e executados. 
11h00 Debate com o Colegiado Estadual de Audiovisual. Convidados Carolini Assis, Juca Fonseca e Gleciara Ramos. 
12h00 Intervalo Almoço 
14h00 Organização interna – debate de propostas de trabalho para as Frentes: 
GT1 – Comunicação; 
GT2 – Administração e Projetos; 
GT3 – Políticas Públicas; 
GT4 – Acervo e Difusão; 
GT5 – Formação e Produção. 
16:00 Assembleia Extraordinária do CNC – Conselho Nacional de Cineclubes 
20h00 Mostra A Bahia em curta-metragem. Debate com realizadores. 

DIA 15.12 
9h00 Plenária: - Apresentação das propostas de trabalho construídas no GT’s; 
- Revisão Estatutária. 
12h00 Intervalo Almoço. 
14h00 Eleição: - Representantes dos MacroTerritórios; 
- Representante Territorial de cada Frente. 
19h00 Mostra A Bahia em curta-metragem. Debate com realizadores. 


FICHA DE INSCRIÇÃO:

C0NEXÃO ASSOCIAÇÃO/II ENCONTRO DA UCCBA/ASSEMBLÉIA DO CNC

1- NOME: 
2- CINECLUBE: 
3- CIDADE: 
4- TERRITÓRIO DE IDENTIDADE: 
5- RG: 
6- CONTATO DE EMAIL E CELULAR: 
7- DIA E HORA DA CHEGADA: 

ATENÇÃO: CADA PARTICIPANTE DEVERÁ TRAZER SUA ROUPA DE CAMA E BANHO


1º CICLO BAIANO DE FORMAÇÃO EM AUDIOVISUAL

 
O Conselho de Comunicação Social da Bahia promove de 21 de Novembro a 18 de Dezembro, nas dependências da DIMAS – Diretoria de Imagem do estado, o Iº CICLO BAIANO DE FORMAÇÃO EM AUDIOVISUAL que tem como objetivo, apoiar a produção audiovisual independente, através do fornecimento gratuito de cursos e oficinas de aprimoramento profissional e artístico aos técnicos e realizadores audiovisuais, estimulando o meio profissional, difundindo e utilizando, desse modo, a tecnologia audiovisual no estado da Bahia.

O diagnóstico realizado no Setor Audiovisual do Estado da Bahia fez revelar que apesar de atuante, a produção deste segmento econômico-cultural na Bahia se apresenta extremamente carente de meios para sua operacionalização. Dessa forma, quando se propõem soluções para fomentar o setor, desenvolvendo-se e consolidando-se a atividade audiovisual, faz-se necessário o atendimento às demandas apresentadas, as quais, de forma resumida, configuram a realidade local, subdividida em áreas distintas, a saber: Área de Produção Audiovisual, Área de Exibição/Distribuição Audiovisual e Área de Formação. 

A partir de ações sugeridas pela Associação de Produtores e Cineastas da Bahia (APC-BA) em reuniões da Subcomissão de Audiovisual do Conselho de Comunicação da Bahia e aprovadas em plenária do referido conselho, fazemos esta proposta, assinalando a relevância do investimento na Área de Formação para tornar o segmento mais competitivo diante do cenário nacional, quando as ações devem ser direcionadas à capacitação de profissionais da base da cadeia produtiva, tais como: motion designers, editores, roteiristas, animadores, produtores, técnicos de áudio e vídeo, etc., mas também para promover as mudanças de posicionamento do mercado diante das novas possibilidades de distribuição e comercialização de produtos, ao tempo em que produtores executivos, captadores de recursos, planejadores de conteúdo, dentre outros profissionais, também necessitam de treinamento para adequação a uma nova realidade que se delineia. 

Manifesto Quilombo Lagoa Santa

 
Entre os dias 29 de outubro e 03 de novembro de 2013, reunimos no Quilombo Lagoa Santa, município de Ituberá, durante A Mostra Quilombo Incena e Fórum Baiano de Cinema Comunitário, o movimento cineclubista baiano, 3 núcleos do norte nordeste da Rede Mocambos (Estados Bahia, Pernambuco e Pará), Coletivo Nordeste Livre, Alumiar, Brigada de Áudio Visual dos Povos, Teia de Agroecologia e comunidades quilombolas baianas. Neste quilombo, ao vivenciar a cultura e a espiritualidade negra junto à linguagem estética do cinema numa perspectiva comunitária, queremos manifestar nosso protesto ao latifúndio do ar configurado pelo exercício da perversidade, pelo monopólio da verdade e dos recursos, geradores de invisibilidade e esquecimento. 

Não queremos o crescimento pelo desenvolvimento e sim o crescimento pelo envolvimento, já que o primeiro gera um desenvolvimento cultural de baixo conteúdo, sem potencia criativa e condições de sustentabilidade, e o segundo promove o envolvimento profundo com a bioenergia, a ancestralidade e o poder de nossa cultura promovedora de educação, humanização e dignidade. 

Nosso modo de vida negro, não separa militância de festa, por que na cosmovisão africana esses e outros elementos são uma coisa só, mas o nosso sistema de comunicação não toca nossa música, não exibe nossa história nos filmes, não gera referencia positiva para nossas crianças e jovens, pelo contrário, através do audiovisual e do rádio dominantes, reproduz o latifúndio e valores racistas, não reconhecendo a cultura como riqueza , inferiorizando-a como um não saber para eliminá-la. Os meios de comunicação convencionais promovem um desserviço às nossas festas, nossos brinquedos, aos mestres e mestras populares, nossa matriz africana. 

As tecnologias da comunicação e a linguagem do audiovisual devem ser popularizadas nas nossas comunidades para estar a serviço da atualização dos brinquedos culturais e seus saberes ancestrais colaborando com o avanço das pedagogias que influenciam na mudança da educação formal e informal. 

Só o povo pode resolver o problema do povo. As experiencias de comunicação comunitária de audiovisual e rádio são os nossos melhores caminhos para combater a dominação perversa de nossos meios de comunicação e iremos nos fortalecer por esse meio, seja tomando de assalto os nossos direitos e as rédeas de nossa comunicação, seja enfrentando a polícia que criminaliza nossa vida, nosso tambor, nossa comunicação. 

Atacamos assim, esse latifúndio em defesa da reforma do ar, para defender a popularização do acesso bens e serviços culturais, recursos financeiros, assistência técnica, condições de itinerância para que nossas experiencias de comunicação comunitária sejam fortalecidas e replicadas prioritariamente em periferias, quilombos, terreiros, aldeias e outras comunidades tradicionais diversas.

 Nossos filmes brasileiros precisam superar os “abortos de comunicação” frequentes em nossa cultura quando um filme é financiado com recurso público e não chega a ser visto pelo povo, numa lógica que não pode mais ser limitada ao mercado, mas ao potencial educativo, criativo e artístico que pode promover mudanças dos valores sociais. Não acreditamos no cinema comercial que está posto para distribuir o cinema brasileiro, os filmes brasileiros precisam ter outra lógica e dialogar com o seu povo. 

Mais do que isso queremos fazer nossos filmes numa perspectiva comunitária, formando editores nas comunidades, preservando nossa memória negra, um cinema do povo para o povo. 

Defendemos que a Secretaria de Audiovisual do Ministério da Cultura, bem como seu Conselho Consultivo, As Secretarias estaduais de Cultura e Comunicação, Institutos de Rádio Difusão, Colegiados e Setoriais de Audiovisual, superem o papel tão ínfimo no atendimento da comunicação comunitária, cumprindo seu dever diante das demandas das comunidades. 

Nós comunidades negras, quilombolas, indígenas, assentados, cineclubistas, povos de terreiros, ativistas culturais e sociais aqui reunidas, romperemos com a perspectiva de público passivo, para nos tornamos sujeitos de direitos ativos na descolonização do olhar para a leitura das imagens de mundo. 

Quilombo Lagoa Santa, 03 de novembro de 2013

Fonte: http://casadoboneco.blogspot.com.br/