domingo, 23 de outubro de 2011

O ENGODO NA CULTURA BAIANA

Quem leu com atenção a Lista de Projetos Selecionados - Demanda Espontânea da SECULT- Ba, pode detectar que a cultura baiana continua nas mãos de uma pequena elite que se dizem pensadores e intelectuais da cultura da nossa terra. É flagrante que muitos dos projetos que foram aprovados visam beneficiar os mesmos de sempre, empresas, grupos e produtores da chamada elite cultural baiana. Os projetos que beneficiam o povão, mais uma vez são recusados em detrimento desses que detém o poder financeiro na cultura da Bahia.Estamos vendo surgir uma nova oligarquia, agora não mais sob a égide do cabeça branca e sim do cabeça e barba branca da Bahia, o senhor governador do estado, que nunca deu a devida atenção a cultura e aos artistas dessa terra. Todos se recordam quando ele disse que se criticarem um secretario dele, aí é que ele não tira esse secretario; essa forma autoritária e ingrata de tratar o povo é a mesma que o ACM usava para conduzir o seu governo. Também esperar o que de um senhor que faz aliança com o Otto Alencar e, antes queria o Cesar Borges...


Voltando a lista, vimos ser contemplado um grupo musical de grande expressão internacional, que deveria buscar o FAZCULTURA e não ser beneficiado com o Fundo de Cultura, que deveria ser usado para fomentar projetos dos que estão na base dessa pirâmide cultural. Nós, os pequenos, que sempre estivemos em busca de apoio e patrocínio, não conseguimos nem chegar às portas das empresas para captar recursos para os nossos projetos, e o pessoal da SECULT ainda tem a cara de pau de nos enviar um comunicado dizendo: “Lembramos que outros mecanismos de apoio estão com inscrições abertas, como o Apoio à Mobilidade Artística e o Programa Fazcultura, e podem oferecer novas oportunidades ao proponente.” Caras de pau, deveriam mandar isso para os grandes quando eles enviassem projetos ao Fundo de Cultura e não para nós, pequenos que fazemos sacrifícios pessoais para manter um trabalho cultural que o próprio estado deveria desenvolver.Sinceramente, não acredito que esse estado de coisa vá mudar, enquanto deslumbrados, pseudos intelectuais de mesa de bar estejam à frente da nossa cultura.


O que precisamos é deflagrar urgentemente uma “Primavera Árabe”, é chegada à hora de nos rebelarmos contra um sistema que não tem compromisso verdadeiro com os pequenos e com aqueles que os conduziram ao poder.

Sugiro que articulemos um protesto nas redes sociais e um abaixo assinado para ser entregue ao secretario, aos deputados e ao governador.

Eddye Matos
Produtor Cultural

2 comentários: