terça-feira, 10 de junho de 2014

CineClube Mocamba participa de Oficina de trilha sonora durante IV FECIBA em Ilhéus

Imagem Cláudio Lyrio
O CineClube mocamba participou da oficina de trilha sonora ministrada pelo instrutor David Tygel durante o IV FECIBA. A oficina aconteceu no Cine Santa Clara durante os dias 02 a 04/06.
A oficina trouxe uma abordagem ampla da interação som/imagem, através das interfaces narrativas entre a música e o cinema, desde o cinema silencioso aos dias de hoje, em várias cinematografias. A oficina trabalhou teoria e prática do processo de criação e sincronização de uma trilha a um filme, em ficção e documentário.
Imagem Cláudio Lyrio

David Tygel é músico, compositor, diretor musical, cantor e professor. Formado em Licenciatura em Música, com Especialização em Educação Musical, atualmente leciona em diversos cursos de extensão da PUC-Rio e no curso de Música para Cinema e TV do Conservatório Brasileiro de Música. Integra o grupo vocal Boca Livre desde a sua criação em 1979. Foi professor convidado da Escuela de Cinema de Los Baños em Cuba, e do Instituto M_EIA de Cabo Verde. Deu palestras na PUC/Santiago do Chile, no CCC da Cidade do México. Compôs as trilhas de trinta e cinco longas metragens, entre eles: “O Homem da Capa Preta” (1986), dirigido por Sérgio Rezende e o documentário “O homem pode voar” (2006) dirigido por Nelson Hoineff. Sua filmografia compreende ainda curtas metragens como: “Trancado por Dentro” (1989), com direção de Arthur Fontes, “Como se Morre no Cinema” (2002), dirigido por Luelane Loyola, entre outros.
 
 
Segundo Tygel, as escolhas das oficinas nesta quarta edição do FECIBA foram especialmente importantes porque abrem portas para setores menos visados no audiovisual. O cinema não é feito apenas pelo diretor, mas composto por diversas linguagens artísticas. Então, estas oficinas possibilitam as pessoas a conhecerem e se interessarem por outros setores.

No meu caso, que trabalho com música, sei que o Brasil é um país musical e todo mundo toca um violão. Porém, trilha sonora não é isso. É preciso ter um know-how para colocar a trilha sonora a serviço de uma narrativa. A trilha sonora não é uma muleta do cinema; ela não é capaz apenas de conduzir para o drama ou para a comédia. Ela é muito mais e pode traduzir o que os personagens estão pensando ou sentindo.
 
Ao mesmo tempo, a música não é o centro das atenções. O centro das atenções é a história. A música é um acessório, um fio condutor da história, que está em primeiro lugar. É o diretor que conta a história; se o músico, a serviço da trilha sonora, não compreende isso, ele deve ser desligado da equipe de produção. Aliás, o profissional de trilha sonora deve sim ser um grande músico, deve fazer arranjos, tocar piano, etc.
 
Em relação à oficina, considero que ela foi especialmente rica, pois os alunos participaram ativamente. Já ministrei várias oficinas, mas destaco esta daqui do FECIBA: a qualidade da participação foi excelente. Sucesso para mim é isso.

Propus para a turma a criação de uma história, estimulada por uma música instrumental do pianista e compositor francês Michel Legrand. A música tem vários climas nos seus quatro minutos e meio de duração. O trabalho é individual. Trabalho com esta ideia há dez anos fazendo oficinas e já levei para todo o Brasil, para o Senegal, Chile, Cabo Verde… Quando os alunos na oficina do IV FECIBA se apresentaram, a mesma música virou morte, pingo d’água, pássaro… Os alunos deram um show!

Confira o vídeo que o CineClube Mocamba preparou sobre a oficina:
 

Agradecemos desde já a todos e todas que participaram da oficina e em especial um agradecimento ao David Tygel e a coordenação do FECIBA.


 
 

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