domingo, 30 de março de 2014

A União de Cineclube da Bahia (UCCBA) lança projeto Segundas Cineclubistas voltado para público escolar


projeto Segundas Cineclubistas começou segunda (24), às 9h, na sala Walter Silveira, no Complexo Cultural dos Barris, idealizado pela União de Cineclubes da Bahia (UCCBA) junto com a Diretoria de Audiovisual da FUNCEB (DIMAS) para formar novos cineclubistas em Salvador (BA) e sua abertura foi com o filme “Um céu de estrelas” (1996), da cineasta Tata Amaral. A Mostra Lutas e Luto! - Cidadania no Brasil: uma história em construção, elaborou exibições semanais nas segundas e terças-feiras deste mês até setembro com programação que percorre as temáticas mulheres, diversidade, meio ambiente e movimentos sociais. Ao total, serão 25 sessões, com 25 exibições gratuitas, para dá gás aos novos cineclubistas do município.
Cineclubismo em expansão
O cineclubismo é uma prática que envolve a democratização do acesso a filmes, experimentação da linguagem cinematográfica, aprendizado social e cultural e que incentiva a produção de filmes de baixo custo. “Existe uma falta de acesso aos filmes que estão focados, em sua maior parte, em shoppings e não na rua ou na periferia”, afirma a coordenadora do projeto, Gleciara Ramos. Como exemplos de cineclubes que funcionam nas periferias de Salvador, fazendo uma mudança no cotidiano de jovens e adultos, a coordenadora lembra a parceria do projeto com o Cineclube Jaguatirica – itinerante, CineCeafro, atuante junto ao Centro de Estudos Afro no 2 de Julho, Cine Imaginário do Pelourinho, o Clã Periférico que exibe no Bairro da Paz e o Cine Manga Rosa na Ilha de Mar Grande, todos participantes da União de Cineclubes da Bahia. O projeto conta ainda com a parceria com a produtora Laboratório Audiovisual, responsável pela curadoria e para o material pedagógico impresso – críticas e aproveitamento pedagógico.
Cinema e educação
Para o professor e integrante do Cine Imaginário, Jorge Souza, debatedor convidado para as sessões do projeto, o cinema é a junção de imagem e som que traduz diversas expressões artísticas trabalhadas em sala de aula. “O conteúdo dos filmes tem diversidade cultural e artística de disciplinas escolares articuladas na linguagem cinematográfica”, explica o professor. “Porém, essa aproximação entre cinema e educação se pauta em compreensões pedagógicas libertárias e por este caminho a curadoria opta por filmes que viabilizem a abordagem de personagens sob as óticas da individualidade ou singularidades – se preferirem, da alteridade e da sociedade”, afirma uma das curadoras do projeto Daniela Fernandes.
Formação de Cineclubistas
O projeto prevê, além da exibição de filmes, a distribuição de material de aproveitamento pedagógico e crítica cinematográfica. Para a sessão do dia 24, o texto de aproveitamento pedagógico será elaborado pelo professor da rede municipal de ensino Danilo Cruz e a crítica cinematográfica por André Araújo, produtor e mestrando em Cultura e Sociedade. O passo da formação cineclubista também conta com apoio de redes sociais online para acompanhamento de interessados em formar seus próprios cineclubes.


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