Amig@s do audiovisual e do cinema
brasileiro
Hoje, 19 de junho, o calendário
de efemérides registra ser o Dia do Cinema Brasileiro.
Mais do que comemorações, penso
que devíamos dedicar o dia de hoje à reflexão sobre os avanços e retrocessos
que temos experimentado nestes últimos anos e, em especial, sobre os caminhos
que devemos trilhar, na busca de nosso objetivo comum de desenvolvimento,
fortalecimento e consolidação deste que é um dos setores mais estratégicos para
que nosso país, finalmente, encontre seu destino e ocupe o devido lugar no
concerto das nações.
Assim é que, mesmo reconhecendo
que caso contássemos com maior empenho, participação e união de todas as
entidades associadas e de seus quadros militantes, certamente, poderíamos ter
feito muito mais, estamos convencidos de que estamos cumprindo com todos os
compromissos de democracia interna, ética e bom senso que assumimos quando de
nossa eleição e nos empenhado ao máximo, muitas vezes com o sacrifício de nossa
vida pessoal, a exercer o papel de coordenador e de representante da entidade
junto a todas as forças vivas da sociedade brasileira.
Estamos também certos de que
todos concordam que mesmo com os inegáveis avanços ocorridos neste últimos
anos, dentre os quais a aprovação da Lei 12.485 merece especial destaque,
vivemos hoje momentos de angústia e apreensão, causados principalmente pelas
mudanças de humor, orientação e comportamento de boa parte dos novos – e também
dos velhos – gestores do organismos governamentais federais que comandam hoje a
execução das políticas públicas para o nosso setor. E que, portanto, muitos dos
temas que precisam ser enfrentados dizem justamente respeito a esta situação,
que em nosso entendimento, representa um enorme perigo de que ocorram
retrocessos dentro de um processo que ao longo da última década vinha
continuadamente avançando.
Neste contexto, entendemos que
para que isso não venha a ocorrer, é urgentemente necessário o redesenho
institucional do setor, até mesmo para que os organismos governamentais possam
atender e responder satisfatóriamente as demandas criadas pela nova situação
resultante não só da aprovação da Lei 12.485, mas também do acelerado e
constante processo de desenvolvimento pelo qual passou e continua passando o
país, que resultou na incorporação de milhões e milhões de brasileiros ao
mercado consumidor e ao mesmo tempo, num formidável fortalecimento econômico de
regiões do país, antes relegadas a cumprir um papel de meras coadjuvantes no
processo de desenvolvimento econômico da nação brasileira.
Acreditamos, portanto, que o
redesenho institucional do setor audiovisual, mais do que urgente e necessário,
é fundamental para a consolidação de uma verdadeira indústria do audivisual
nacional, dentro de um processo que contemple as diferenças econômicas ainda,
infelizmente, existentes entre os vários atores e segmentos que compõem a
complexa cadeia produtiva do setor do audiovisual e paralelamente o respeito a
imensa criatividade e diversidade cultural, que acreditamos ser um dos maiores
patrimônios da nação brasileira.
Assim, acreditamos que somente a
união de forças e dos esforços de todas as entidades, realmente representativas
e comprometidas com o país e com o bem estar econômico, social e cultural do
povo brasileiro, de seus quadros militantes e daqueles que, por sua própria
trajetória, já comprovaram seu compromisso com o cinema e o audiovisual
brasileiro resultará que consigamos alcançar plenamente os nossos objetivos.
Por isso, neste dia 19 de junho,
quando mais uma vez comemoramos o Dia do Cinema Brasileiro, convidamos a todos
os amigos e companheiros de jornada, à que reflitam e que após a reflexão,
decidam e se comprometam a participar ativamente do debate e das lutas que já
estamos enfrentando e das muitas outras que ainda teremos que enfrentar. Juntos
somos ainda mais fortes. Unidos haveremos de vencer.
Viva o Cinema e o Audiovisual
Brasileiro!
Um grande e fraternal abraço
João Baptista Pimentel Neto
Presidente do CBC / Congresso
Brasileiro de Cinema
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