O Projeto Cinemas em Rede exibe o longa-metragem “Limite”, de 1931, na próxima terça-feira (10/06), às 19h, na SaladeArte Cinema da UFBA. A entrada é franca.
Dirigido, roteirizado e produzido por Mário Peixoto, o longa-metragem de ficção, silencioso, foi restaurado pela Cinemateca Brasileira, em parceria com a World Cinema Foundation e o laboratório Immagine Ritovata.
“Limite” é um clássico do cinema brasileiro. Produzido num momento de transição do cinema mudo para o sonoro, o filme apresentava na época inovações em fotografia, montagem e narrativa, não linear. A obra de Mário Peixoto foi reconhecida como Patrimônio Regional pela Unesco, em 2009.
“Limite” é um clássico do cinema brasileiro. Produzido num momento de transição do cinema mudo para o sonoro, o filme apresentava na época inovações em fotografia, montagem e narrativa, não linear. A obra de Mário Peixoto foi reconhecida como Patrimônio Regional pela Unesco, em 2009.
Sinopse
"(...) um tema, uma situação e três histórias. O tema, a ânsia do homem pelo infinito, seu clamor e sua derrota. A situação, um barco perdido no oceano com três náufragos - um homem e duas mulheres. As três histórias são aquelas que os personagens mutuamente se contam. Na situação se esboça o tema que as três histórias desenvolvem. A tragédia cósmica se passa no barco. E para ele convergem as histórias. O filme começa no barco e no barco marca-se o seu tom. Os náufragos estão abatidos, deixaram de remar e parecem conformados com seu destino. Uma das mulheres dá um biscoito ao homem e conta sua história. A mulher foge da prisão com a cumplicidade do carcereiro, despreza-o, foge mas não encontra a paz. Tenta trabalhar - costurar - mas a monotonia a esmaga. Com a notícia de sua fuga, ela parte novamente. O homem reanima a outra moça caída no fundo do barco. Ela também conta sua história. Um casamento infeliz e desastrado com um pianista bêbado que toca em cinemas. A mulher sente-se esmagada pela monotonia e pela tirania dos laços de seu casamento. Recorda o homem em toda a sua degradação, desespera e foge. No barco, a primeira mulher tenta desesperadamente remar: mãos e remo são inúteis. Os outros dois olham-na, vencidos e conformados. O homem conta sua história. Ele, viúvo, tem um caso de amor com uma mulher casada. Há alegria e tristeza. Visitando o túmulo de sua esposa encontra o marido da amante que lhe diz que ela é leprosa. Desespero, angústia, terror - e fuga. No barco a água acaba. Um barril visto ao longe pode ser a salvação: o homem pula na água e não reaparece à tona. Em desespero a segunda mulher se atira à primeira, que a agride. Uma fica prostrada, a outra chora. Desencadeia-se uma tempestade - uma longa seqüência catártica que resolve o filme em termos de tema e ritmo. No mar calmo que retorna está apenas a primeira mulher agarrada a um destroço. Lentamente dissolve-se num mar de luzes". (FCDF/LMP).
"(...) um tema, uma situação e três histórias. O tema, a ânsia do homem pelo infinito, seu clamor e sua derrota. A situação, um barco perdido no oceano com três náufragos - um homem e duas mulheres. As três histórias são aquelas que os personagens mutuamente se contam. Na situação se esboça o tema que as três histórias desenvolvem. A tragédia cósmica se passa no barco. E para ele convergem as histórias. O filme começa no barco e no barco marca-se o seu tom. Os náufragos estão abatidos, deixaram de remar e parecem conformados com seu destino. Uma das mulheres dá um biscoito ao homem e conta sua história. A mulher foge da prisão com a cumplicidade do carcereiro, despreza-o, foge mas não encontra a paz. Tenta trabalhar - costurar - mas a monotonia a esmaga. Com a notícia de sua fuga, ela parte novamente. O homem reanima a outra moça caída no fundo do barco. Ela também conta sua história. Um casamento infeliz e desastrado com um pianista bêbado que toca em cinemas. A mulher sente-se esmagada pela monotonia e pela tirania dos laços de seu casamento. Recorda o homem em toda a sua degradação, desespera e foge. No barco, a primeira mulher tenta desesperadamente remar: mãos e remo são inúteis. Os outros dois olham-na, vencidos e conformados. O homem conta sua história. Ele, viúvo, tem um caso de amor com uma mulher casada. Há alegria e tristeza. Visitando o túmulo de sua esposa encontra o marido da amante que lhe diz que ela é leprosa. Desespero, angústia, terror - e fuga. No barco a água acaba. Um barril visto ao longe pode ser a salvação: o homem pula na água e não reaparece à tona. Em desespero a segunda mulher se atira à primeira, que a agride. Uma fica prostrada, a outra chora. Desencadeia-se uma tempestade - uma longa seqüência catártica que resolve o filme em termos de tema e ritmo. No mar calmo que retorna está apenas a primeira mulher agarrada a um destroço. Lentamente dissolve-se num mar de luzes". (FCDF/LMP).
Sobre o Projeto Cinemas em Rede:
O Projeto Cinemas em Rede é um projeto inovador de compartilhamento e difusão de conteúdos audiovisuais, pela internet de alta capacidade, via CiPê, coordenado pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa- RNP em parceria com os Ministérios da Cultura (MinC) e Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Quatro Instituições participam desta fase piloto do Projeto: a UFRGS (Cinema Universitário- Sala Redenção); USP (CINUSP e Escola de Comunicação e Artes -ECA); UFBA (Saladearte Cinema da UFBA) e a Fundação Joaquim Nabuco - FUNDAJ, em Recife. Uma das possibilidades do projeto é compartilhar conteúdos, mostras e ciclos em tempo real entre estes pontos de cinema. Na UFBA, o projeto é coordenado pela Pró-Reitoria de Extensão Universitária (Proext) e conta com o apoio da Superintendência de Tecnologia da Informação (STI) da UFBA e do Grupo Sala de Arte.
Mais informações sobre “Limite”:
Longa-metragem / Silencioso / Ficção
Material original
35mm, BP, 120min, 3.340m, 16q, Vitaphone
Elenco:
Breno, Olga (Mulher n.1)
Rei, Taciana (Mulher n.2)
Santos, Carmen (Prostituta do cais)
Schnoor, Raul (Homem n.1)
Pedreira, Brutus (Homem n.2)
Peixoto, Mário (Homem do cemitério)
Brazil, Edgar (Espectador adormecido)
Data e local de produção:
Ano: 1931
Início: 1930.04.00
Final: 1931.05.00
Início de filmagem: 1930.05.00c
Final de filmagem: 1930.12.00c
País: BR
Cidade: Rio de Janeiro
Estado: DF
Data e local de lançamento
Pré-lançamento: 1931.05.17
Local de pré-lançamento: Rio de Janeiro
Sala(s): Capitólio, em sessão especial para o Chaplin Club
Circuito exibidor
O Projeto Cinemas em Rede é um projeto inovador de compartilhamento e difusão de conteúdos audiovisuais, pela internet de alta capacidade, via CiPê, coordenado pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa- RNP em parceria com os Ministérios da Cultura (MinC) e Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Quatro Instituições participam desta fase piloto do Projeto: a UFRGS (Cinema Universitário- Sala Redenção); USP (CINUSP e Escola de Comunicação e Artes -ECA); UFBA (Saladearte Cinema da UFBA) e a Fundação Joaquim Nabuco - FUNDAJ, em Recife. Uma das possibilidades do projeto é compartilhar conteúdos, mostras e ciclos em tempo real entre estes pontos de cinema. Na UFBA, o projeto é coordenado pela Pró-Reitoria de Extensão Universitária (Proext) e conta com o apoio da Superintendência de Tecnologia da Informação (STI) da UFBA e do Grupo Sala de Arte.
Mais informações sobre “Limite”:
Longa-metragem / Silencioso / Ficção
Material original
35mm, BP, 120min, 3.340m, 16q, Vitaphone
Elenco:
Breno, Olga (Mulher n.1)
Rei, Taciana (Mulher n.2)
Santos, Carmen (Prostituta do cais)
Schnoor, Raul (Homem n.1)
Pedreira, Brutus (Homem n.2)
Peixoto, Mário (Homem do cemitério)
Brazil, Edgar (Espectador adormecido)
Data e local de produção:
Ano: 1931
Início: 1930.04.00
Final: 1931.05.00
Início de filmagem: 1930.05.00c
Final de filmagem: 1930.12.00c
País: BR
Cidade: Rio de Janeiro
Estado: DF
Data e local de lançamento
Pré-lançamento: 1931.05.17
Local de pré-lançamento: Rio de Janeiro
Sala(s): Capitólio, em sessão especial para o Chaplin Club
Circuito exibidor
Exibido no Rio de Janeiro, em 19.01.1932, no Eldorado.
Gênero
Experimental; Drama
Produção: Peixoto, Mário
Argumento/roteiro
Argumento: Peixoto, Mário
Roteiro: Peixoto, Mário
Direção
Direção: Peixoto, Mário
Assistência de direção: Cósta, Rui
Fotografia
Câmera: Brazil, Edgar
Assistência de câmera: Cósta, Rui
Iluminação: Brazil, Edgar
Montagem
Montagem: Peixoto, Mário; Brazil, Edgar
Música
Música de: Satie, Erik; Debussy, Claude-Achille; Prokofiev, Serghei Sergheievitch; Ravel, Maurice; Stravinsky, Igor; Borodin, Aleksandr Porfirevitch; Franck, César
Trilha musical: Pedreira, Brutus
Locação: Mangaratiba - RJ
Fonte: http://www.proext.ufba.br/cinemas-em-rede-exibe-longa-metragem-limite-de-193
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