quinta-feira, 15 de maio de 2014

Inauguração do Memorial de Cinema e Audiovisual Roque Araújo.

Inauguração do 1º Memorial de Cinema e Audiovisual da Bahia

O idealizador do projeto, Roque Araújo, será homenageado em Cachoeira

(Texto: Instituto Roque Araújo)

O patrimônio e a memória cinematográfica baiana receberão nos próximos dias o primeiro museu dedicado exclusivamente à preservação da sétima arte. O Memorial será inaugurado no sábado (17), às 19h. A solenidade de abertura acontecerá no encerramento do XVI Festival de 5 Minutos, com a participação de vários artistas e personalidades públicas, na cidade de Cachoeira. A noite ainda contará com a intervenção urbana Afro Barroco com Mateus Aleluia, Orquestra Reggae e VJ Mateus Ribeiro.

A importância da criação de um museu que resgata a história do cinema se justifica no pioneirismo que a Bahia tem no cenário cinematográfico. Em 1959, Roberto Pires fabricou uma lente anamórfica, para produzir em Cinema Scope o primeiro longa metragem baiano “Redenção”, que acabou abrindo o caminho para novos cineastas, inclusive Glauber Rocha.

Roque Araújo, acompanhou toda a trajetória do desenvolvimento do audiovisual baiano e, em paralelo a esse processo colecionou alguns equipamentos responsáveis por fomentar essas produções. “Os equipamentos do memorial foram responsáveis por mais de 70% da produção cinematográfica baiana e brasileira. A criação do museu visa principalmente a manutenção da memória do Cinema Nacional “, ressalta Roque Araújo.

Estes são alguns equipamentos do Museu do Cinema Roque Araújo.

Filmadora VHS Panasonic M-3000 muito usada nos anos 90

Câmera super-8 Universal 444 (última super-8 a ser comprada em loja na Bahia)

AV-2 viewer – visualizador de filmes super-8 (individual e só para filmes de até 3 minutos)

Memorial
O Memorial do Cinema Roque Araújo tem por objetivo fomentar e construir atividades sociais de caráter educacional, cultural e artístico, além da preservação da memória do cinema e audiovisual baiano. Uma trajetória contada através de equipamentos cinematográficos que definiram os enquadramentos destas histórias, a partir do olhar de um dos grandes nomes da cinematografia baiana, Roque Araújo. O projeto conta com apoio da Prefeitura Municipal de Cachoeira, através da Secretaria de Cultura e Turismo, Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Cinematográfica do Rio de Janeiro, Standarte Photo & Vídeo, Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia, Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia, Diretora de Audiovisual da Bahia, Fundação Cultural do Estado da Bahia e Secretaria de Cultura do Estado.
Roque Araújo tem 77 anos – dos quais 56 dedicados ao cinema entre Salvador, Rio de Janeiro, Itália, São Paulo e a França. Participou de todas as produções cinematográficas realizadas por Glauber Rocha, além de Redenção (primeiro longa baiano), A Grande Feira, Tocaia no Asfalto, O Pagador de Promessas, Menino de Engenho, dentre outros. Glauber lhe confiou parte do último filme que produziu, A Idade da Terra (1980). Este material deu origem a dois filmes No Tempo de Glauber (1986) e Glauber em Defesa do Cinema (2006), produzido e dirigido por Roque Araújo.



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