Depoimento emocionado do Presidente da HOMAR - Associação dos Homens e Mulheres do Mar, Alexandre Anderson de Souza, durante evento de lançamento de manifesto em defesa dos direitos dos pescadores da Baía de Guanabara pedindo apuração das autoridades competentes sobre os recentes assassinatos de pescadores membros da HOMAR.
Almir Nogueira de Amorim e João Luiz Telles Penetra, o Pituca, como era conhecido, desapareceram na sexta-feira (22), enquanto pescavam. O corpo de Almir foi encontrado no domingo (24) amarrado junto a seu barco, que estava submerso próximo à praia de São Lourenço, em Magé. O corpo de João Luiz foi localizado no dia seguinte, com pés e mãos atados, perto da praia de São Gonçalo, no sul do estado.
Em 2009, pescadores da entidade ocuparam durante 38 dias as obras de construção dos gasodutos submarinos e terrestres, que inviabilizam diretamente a pesca artesanal na Praia de Mauá-Magé, na Baía de Guanabara, onde fica a sede da instituição. Desde então, as ameaças de morte aos manifestantes vêm sendo feitas constantemente.
Em maio do mesmo ano, Paulo Santos Souza, ex-tesoureiro da Ahomar, foi brutalmente espancando e assassinado com cinco tiros na cabeça. Em 2010, Márcio Amaro, um dos fundadores da associação, foi morto em casa. Nenhum dos crimes foi esclarecido. No final de 2011, nova mobilização contra impactos decorrentes das obras do Comperj. A manobra pretendia transformar o Rio Guaxindiba, afluente da Baia de Guanabara, localizado na Área de Proteção Ambiental de Guapimirim, em uma hidrovia para transporte de equipamentos.
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