Um dos documentários, de um morador de Itapebi, é uma narração poética do Rio Jequitinhonha |
O circuito visitará 56 cidades, passando por todas as regiões brasileiras, durante 45 dias. Todas as sessões têm entrada gratuita. A mostra foi lançada no dia 16, em Itambé, no Paraná, e seguirá até 31 de julho, em Gilbués, no Piauí. Na Bahia, a mostra percorrerá ainda as cidades de Boa Nova (06/07); Serra Preta (08/07); Salvador (10/07); Palmeiras (12/07); e Ibitiara (13/07).
A sessão contará com uma tela de cinema medindo sete metros de altura por nove de largura e duzentas cadeiras serão disponibilizadas para acomodar a plateia. Além do vídeo feito em Itapebi, o público assistirá a outras quatro obras audiovisuais baianas que integram a edição do projeto: “O Voo do Caçador”, de Cibele de Sá, de Boa Nova; “O Boi Roubado”, de Ricardo Sena, de Serra Preta; “O Mito Nativo do Arco-Íris”, de Nívia Lacerda, de Palmeiras; e “A Mulher de Branco”, de Mirandí Alves Pereira Oliveira, de Ibitiara.
Ao todo, 40 vídeos feitos a partir de histórias contadas por moradores de pequenas cidades brasileiras fazem parte do circuito, que poderá ser acompanhado através do site Revelando os Brasis. A realização é do Instituto Marlin Azul, com patrocínio da Petrobras e parceria estratégica da Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura.
Circuito - O Circuito Revelando os Brasis é dividido em três rotas. Caminhões adaptados para se transformar em cabine de projeção trafegarão cerca de 30 mil quilômetros até chegar aos 40 pequenos municípios onde as histórias foram gravadas e às 16 capitais dos estados participantes. O veículo transporta tela de cinema, projetores e cadeiras.
O Revelando os Brasis é desenvolvido em etapas. Na primeira é realizado o Concurso Nacional de Histórias voltado aos moradores de cidades com até 20 mil habitantes. Os 40 autores das histórias selecionadas, na segunda fase, participam de uma oficina audiovisual, no Rio de Janeiro, onde aprendem, com a orientação de profissionais renomados do cinema, todas as etapas de realização de um vídeo, incluindo noções sobre roteiro, produção, direção, som, fotografia, direção de arte, edição, comunicação e mobilização.
Na terceira etapa, os autores retornam às cidades para a realização do vídeo com recursos e o acompanhamento técnico do projeto. Num processo de mobilização popular, familiares, vizinhos, amigos e artistas locais são estimulados a integrar as equipes, desempenhando funções artísticas, técnicas e de apoio.
A quarta etapa é marcada pelo Circuito Nacional de Exibição. As obras são apresentadas em sessões abertas e gratuitas nas cidades selecionadas e nas capitais dos estados envolvidos. Para completar o processo de democratização audiovisual, as 40 obras reunidas em um box de DVDs, contendo as histórias e making ofs da produção e do circuito de exibição, são distribuídas para bibliotecas, escolas públicas, pontos de culturas, cineclubes e órgãos públicos ligados à educação e à cultura. Os vídeos são ainda exibidos em mostras e festivais nacionais e internacionais. Desde a criação do projeto, há sete anos, foram realizadas 160 obras audiovisuais feitas por moradores de pequenas cidades.
Roteiro, direção e produção: Antonio Elias
Itapebi – BA
Nasceu em 1966. Ensino Médio
Motorista, Marceneiro e Agente Cultural
Sabes Quem Sou?
Documentário: Narrativa poética do Rio Jequitinhonha, antes e depois da construção da BR 101 e da hidrelétrica. Antes, todo comércio fluía entre Minas Gerais e Belmonte, no extremo sul da Bahia. Canoeiros, lavadeiras, pescadores e população ribeirinha viviam em harmonia com o Rio. Hoje, com a degradação, foi alterada a principal fonte de renda da população, mudando também os costumes na região.
Fonte: Radar64
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