Diariamente, pessoas com
deficiência ainda enfrentam diversas barreiras por causa da falta de
acessibilidade. E mesmo com a existência de diversas leis que exigem a
acessibilidade em todos os estabelecimentos, sejam eles espaços públicos ou
empresas privadas, ambientes físicos ou digitais, a luta das pessoas com
deficiência é um desafio constante. Mas um outro agravante é a dificuldade
dessas pessoas em ter acesso à cultura por falta de projetos que contemplem
ações com acessibilidade.
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Pensando nisso, o Ponto de Cultura
OCA - Centro de Agroecologia e Educação da Mata Atlântica (OCA), realizou uma
capacitação gratuita em acessibilidade cultural com foco no audiovisual para
profissionais de diferentes áreas, no sábado, dia 01 de junho, na Sala Zélia
Lessa do Centro de Cultura Adonias Filho, em Itabuna. O objetivo foi preparar especialistas
para atuarem no campo das políticas culturais, orientando e implementando
conteúdos, ferramentas e tecnologias de acessibilidade. “Somos uma equipe
engajada nas ações culturais, sociais e ambientais que busca realmente fazer a
diferença na vida das pessoas. Por isso é importante aprimorar as técnicas de
acessibilidade para que a nossa produção chegue a um número maior de pessoas
com deficiência (PCD). Finaliza Cláudio Lýrio que é produtor executivo do
projeto.
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A oficina foi ministrada pela
intérprete de libras Roberta Brandão, especialista em acessibilidade há mais de
15 anos, que apresentou conceitos, exemplos e leis de acessibilidade, ações e
estratégias de comunicação nas mídias sociais, além de provocar reflexões e
discussões através de dinâmicas com os participantes. Roberta enfatizou o
princípio da acessibilidade que é pensar em todo mundo sem deixar ninguém pra
trás e fez uma provocação aos produtores de conteúdo: “se você pode fazer um vídeo com todas as
ferramentas de uma produção audiovisual, por que só contemplar um determinado
público? Por que selecionar quem pode receber a informação ou não?”. Finaliza.
A presidente da Associação de
Surdos de Itabuna (ASSI), Marianna Santtos, também contribuiu com seu
depoimento sobre a dificuldade de encontrar informações com acessibilidade para
a comunidade surda, e enfatiza: “A gente não costuma ver tradução, nem a presença do tradutor nos conteúdos
produzidos. Às vezes, encontramos legenda, mas eu não domino perfeitamente todos
os termos da língua portuguesa. A gente
precisa caminhar muito na acessibilidade”. Desabafa.
A oficina de capacitação também
abordou sobre Agroecologia, sustentabilidade, justiça social e segurança
alimentar com a engenheira agrônoma e especialista em Agroecologia, Elaine
Martins que também é coordenadora de secretaria do OCA. A atividade fez parte do Projeto Mostra
Cineclubista em Assentamentos de Reforma Agrária “Agroecologia em foco” que vai oferecer, no mês de julho, uma
oficina de formação em produção audiovisual com o uso do celular e uma oficina
de cineclubismo para jovens de assentamentos em Ibirapitanga e Camamu, no
Território Baixo Sul.
O projeto Mostra Cineclubista
‘Agroecologia em Foco’ foi aprovado no Edital de Chamamento Público Lei Paulo
Gustavo e tem apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia Através da
Secretaria de Cultura da Bahia (SECULT) e do Governo Federal através do Ministério
da Cultura (MINC).
Para mais informações sobre o Projeto,
acesse as redes sociais da @estacao_organicagrapuina e do @cineclubeMocamba
Blog do OCA: https://ocamataatlantica.blogspot.com/
Assista ao convite da oficina: https://www.youtube.com/watch?v=hpKDeFHs5kY
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