Ocupar, Resistir e Produzir. O lema do Movimento dos Sem Terra traduz uma realidade profunda na criação e no dia a dia do Assentamento Terra Vista, em Arataca-BA.
Produzir alimentos sem usar agrotóxicos nem desmatar a natureza, e produzir conhecimentos para ajudar nas mudanças que nossa sociedade precisa: gerar igualdade social distribuindo e dando uso justo aos bens comuns (terra, água, ar), justiça histórica para recompensar os séculos de massacre, escravidão e exclusão em nome do dinheiro, e dar criar condições de vivermos harmoniosamente em nosso planeta.
É um ESPETÁCULO DE DANÇA AFRO CONTEMPORÂNEA que traz uma reflexão sobre OS DIVERSOS OLHARES PARA O RIO e nossas relações humanas com a natureza: trabalho - diversão – sobrevivência.
Assim destaca os olhares:
o olhar da criança
o olhar do adolescente
o olhar do pescador
o olhar da lavadeira
o olhar de quem passa
A responsabilidade com a questão ambiental é o fator motivador do espetáculo que traz performances de POESIA, MÚSICA E DANÇA AFRO CONTEMPORÂNEA
ELENCO: BAILARINAS E BAILARINOS DO GRUPO AFRO ENCANTARTE
DIREÇÃO COREOGRÁFICA E TEXTOS DE Egnaldo França
PARTICIPAÇÃO ESPECIAL DE NATÁLIA ROUX
INGRESSOS: 3,00 (TRÊS REAIS)
CORTESIA PARA O PROFESSORES DE ESCOLAS QUE LEVAREM SUAS TURMASSESSÃO ESPECIAL PARA ESCOLAS ÀS 15h
Assista os audiovisuais produzidos nos três assentamentos por onde passamos
Assentamento Terra Vista/BA
Assentamento Lulão/BA
Assentamento Paulo Jackson/BA
A Mostra foi realizada com êxito nos 03 assentamentos planejados: Territórios de Identidade Litoral Sul (Projeto de Assentamento Terra Vista – Arataca / BA), Baixo Sul (Projeto de Assentamento Paulo Jackson – Ibirapitanga - Camamu / BA) e Costa do Descobrimento (Projeto de Assentamento Lulão – Santa Cruz Cabrália / BA), ambos pertencentes ao Macroterritório 1 da Bahia.
A primeira edição da Mostra ocorreu nos dias 10 e 11 de agosto no salão do Centro Integrado de Formação Florestan Fernandes, Projeto de Assentamento Terra Vista, na cidade de Arataca / BA, a segunda edição ocorreu nos dias 01 e 02 de setembro na escola do Projeto de Assentamento Lulão, na cidade de Santa Cruz Cabrália / BA e a terceira edição nos dias 29 e 30 de setembro na Cabana de Reuniões do Projeto de Assentamento Paulo Jackson, cidades de Ibirapitanga e Camamu / BA.
Foram apresentados um total de 39 (trinta e nove) produções audiovisuais, divididos em dois dias de exibições em cada edição da Mostra, com duas sessões diárias, sendo a primeira voltada ao público infantil e a segunda para todos os públicos. Procurou-se elaborar uma programação de exibições que contemplasse todas as faixas etárias, priorizando as produções nacionais e dentre elas algumas produções baianas. Para a elaboração destas programações foram utilizados materiais do Box comemorativo dos 10 anos da Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis, do Box Terra e outras produções audiovisuais disponibilizadas pelo Cineclube Mocamba. Na ocasião da Mostra também foi feito o lançamento do Box Terra, uma coletânea de produções audiovisuais sobre a temática socioambiental organizada pela UCCBA / CNC e distribuída pela distribuidora cineclubista Mar Digital, parceiras do projeto.
Em todas as edições da Mostra foram realizadas rodas de conversa, que procuraram fortalecer os espaços coletivos dos assentamentos, proporcionando um amplo debate sobre a temática cultural e agroecológica e a troca de impressões entre os participantes, o incentivo à cultura do audiovisual e ao cineclubismo e consequentemente a formação de plateia. Nestes espaços de socialização os participantes puderam expressar o que sentiram assistindo os audiovisuais, havendo muitos momentos emocionantes. Em todos estes os assentados puderam “se ver na tela”, uma vez que os audiovisuais foram escolhidos visando mostrar assuntos da realidade local. O filme “A Rede”, que foi exibido em todas as edições da Mostra, colaborou ao apresentar imagens do dia a dia dos assentamentos visitados.
Assentamento Paulo Jackson/BA
Assentamento Lulão/BA
Assentamento Terra Vista/BA
Imagens do audiovisual "A Rede"
Foi atingido um público de 393 pessoas, entre todas as faixas etárias. O ganho do projeto foi principalmente qualitativo, uma vez que muitas pessoas que prestigiaram a Mostra poderão ser multiplicadoras e fomentadoras de novos espaços de socialização e debates, e quem sabe até da criação de cineclubes em seus assentamentos. O projeto teve uma ótima repercussão e aceitação junto ao público dos assentamentos do MST, sendo convidado a realizar apresentações em outros assentamentos e também na festa dos 25 anos do MST na Bahia, realizado nos dias 06, 07 e 08/set em Itamaraju / BA.
Assentamento Paulo Jackson/BA
Assentamento Lulão/BA
Assentamento Terra Vista/BA
Para a realização do projeto foram estabelecidas diversas parcerias com o intuito de garantir apoio na ampla divulgação das ações do projeto (local e regional) e na articulação da logística necessária. A parceria da OCA (Centro de Agroecologia e Educação da Mata Atlântica) foi de fundamental importância devido à experiência agroecológica acumulada e também cineclubista, adquirida com as ações do Cineclube MOCAMBA na região de abrangência do projeto. A filiação da OCA/ Cineclube MOCAMBA junto à UCCBA (União de Cineclubes da Bahia) e ao CNC (Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros) possibilitou ao projeto maior credibilidade e inserção eficiente no cenário local e regional, além da parceria da distribuidora cineclubista Mar Digital, que incluiu o documentário “A Rede” em seu primeiro Box e proporcionou o lançamento deste Box, intitulado “Box Terra”, na programação da Mostra.
Lançamento do Box Terra em Salvador/BA
A parceria com a AECA/BA (Associação Estadual de Cooperação Agrícola / Bahia), a Cooperativa Central dos Assentamentos da Bahia Ltda e o MST/BA (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra / Bahia), garantiu o apoio, articulação e divulgação das ações do projeto nos assentamentos e comunidades. O Ponto de Cultura ACAI (Associação do Culto Afro Itabunense) e o Projeto Encantarte, ambos de Itabuna, garantiram apoio logístico e na divulgação da Mostra na região. O Instituto Cabruca, organização parceira que atua em alguns dos assentamentos que receberam a Mostra, garantiu apoio logístico no transporte de equipamentos, divulgação da Mostra e empréstimo de equipamento. A parceria com a empresa de sonorização Radiola garantiu a equipe técnica para a instalação e o manuseio dos equipamentos contratados e a Digital News Sinalização garantiu apoio na produção do material de divulgação, com a confecção de 01 banner.
Gostaríamos de agradecer a todos os parceiros que colaboraram para realização desse projeto.
Durante a reunião do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH), presidida pela ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário Nunes, e que contou com a participação de representantes de diversas áreas do Poder Executivo, da presidente da Fundação Nacional do Indio (FUNAI), Marta Azevedo, e também do Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, foi anunciada a suspensão do despejo das famílias Guarani Kaiowá da comunidade de Pyelito Kue, em Mato Grosso do Sul.
A Justiça acatou o recurso apresentado pela FUNAI contra a liminar que determinava o despejo dos indígenas. Apesar da decisão favorável, o juiz determinou que os Guarani Kaiowá devem permanecer em uma área de um hectare, o equivalmente a 10000 m2, até que a FUNAI finalize todo o processo de demarcação da Terra Indígena.
Antes de anunciar a decisão, o Ministro da Justiça também afirmou que o governo irá reforçar a segurança na região e que, no prazo de um mês, devem ser concluídos todos os estudos necessários à demarcação de Pyelito Kue.
Para o integrante da Aty Guasu (Grande Assembléia Guarani Kaiowá) e membro da direção nacional da APIB, Otoniel Ricardo, esta notícia traz um certo alívio para o Povo Guarani Kaiowá, mas é necessário continuar com a luta pois ainda existem muitas ameças em diversa outras regiões do Mato Grosso Sul e do Brasil. " Enquanto todas as terras indígenas não forem demarcadas, não haverá paz para nós".
Há ainda a preocupação da própria comunidade de Pyelito Kue diante de possíveis represálias dos pistoleiros após a suspensão do despejo. Vamos aguardar para ver se, desta vez, o governo cumpre a promessa de reforçar a segurança dos indígenas de MS.
Em 2012, o CachoeiraDoc recebeu a inscrição de 249 filmes para participar da Mostra Competitiva: 167 curtas, 35 médias e 44 longas-metragem, de todas as regiões do país. Entre os 18 selecionados, sete são longas e 11 são curtas. Há filmes de quatro regiões do país: quatro são baianos, quatro pernambucanos, seis paulistas, dois são do Rio de Janeiro, um do Distrito Federal e um do Rio Grande do Sul.
O CachoeiraDoc acontecerá entre 04 e 09 de dezembro de 2012, no Centro de Artes, Humanidades e Letras (CAHL) da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) e em ruas da cidade de Cachoeira, no interior da Bahia. O Festival é realizado pelo Grupo de Estudos e Práticas em Documentário, Universidade Federal do Recôncavo e Ritos Produções, e tem apoio financeiro do Fundo de Cultura da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia.
Longas-metragem
- A cidade é uma só? (Adirley Queiros, Distrito Federal, 2012, 80″)
- Cuíca de Santo Amaro (Joel de Almeida e Josias Pires, Bahia, 2012, 74″)
Comunicação e construção dos estereótipos da sociedade e da mídia
Analise da mídia comunitária e da mídia convencional: enxergando confluências (im) possíveis
Linguagens e movimento de comunicação livre e o direito humano à comunicação
19h - Roda Tambor
Cultura Digital e a garantia dos direitos das comunidades tradicionais - a Experiencia dos Índios Online - Jaborandy e Potira Tupinambá
Tambor e Oralidade - Pedagogingas comunicativas - Mestre Jorge Rasta
Audiovisual e o direito à informação - Cinema e Agroecologia com o a experiência do CineClube Mocamba - Cláudio Lyrio (OCA / CineClube Mocamba / UCC-BA)
20 h - Cine Laroiê
Data: 11 de novembro - Domingo
9 às 12h - Montagem de uma rádio livre com transmissão ao vivo
Colaborador - Sérgio Melo
Debates: O papel das rádios livres como meios de comunicação popular e instrumentos de transformação social/ Legislação, direito à comunicação, liberdade de expressão
Relato de experiências com rádios livres em comunidades indígenas e no Ponto de Cultura Coco de Umbigada, de Olinda - Pe, integrante da Rede Mocambos.